25.1.14

Escárnios do meu ser II

Whiskey derramado. Cigarros desaparecidos. Lágrimas congeladas.
Facadas no meu ventre gritam-me que já não vale a pena lutar, que não vale a pena atear fogo à vida de pessoas devassas. Gritas-me ao ouvido e matas-me novamente. Perdi a conta das vezes que já morri e anseio para que morra novamente. Vidros partidos fitam-me a mastigam esfomeadamente as palavras em guerra; sorrio e peço-lhes que me amem e me acariciem do modo tradicional: matando. 
Piso estilhaços de vida no chão e revejo-me no sangue que flui por entre os meus dedos descarnados. 
Jim, volta para mim. 

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