29.1.14

Escárnios do meu ser III


Desprezo tudo o que me possa trazer essa felicidade ilusória e vã. Desprezo esse olhar cheio de piedade e altivez. Desprezo esses lábios que me sussurram verdades cruéis. 
Jim, cala-te. 
És a minha alma, és eu. És o meu espelho pungente. Atiro-me novamente contra o vidro e finalmente se parte, finalmente sou livre. A única dor é a trivialidade do meu ser. É esta vivência inábil, imperfeita. Estes traços medonhos que me atraiçoam dia e noite. Jim, desculpa. 
Fico infeliz por somente estar triste. Sempre fui. Sempre serei. 
Haverá para sempre escárnios do meu improfícuo ser.  

1 comentário:

Blackbird disse...

Adorei a forma como escreveste o texto :)