30.6.13

Chá, cigarros e café

Ela entra em casa como se aquilo fosse o seu reino e bebe uma chávena de chá preto, fumando um cigarro. Inala o fumo como se fossem átomos que estão sob o seu comando e formam formas unicamente por ela decifráveis. Não há nada nela que transmita poder, nada. Mas quando um ser se sente poderoso é claro que chegamos a ter a sensação de igual ou maior poder que ela possui. Sentir não implica ser. E ser não implica sentir. Ela sente, mas não é. Não é, mas sente. Poderia ser, mas não é. O poder destrói, contudo ela já está destruída. Questionem-na quem terá sido que a destruiu, responder-lhes-á que foi o poder. Pode ser mentira como poderá não ser. Mas ela fumará mais três cigarros, beberá mais três chávenas de chá, lançar-vos-á um olhar de desdenho e somente nesses três minutos ela poderá dar a resposta. Nos três seguintes o poder tomará conta da sua alma dela e não haverá nem chá nem café que possa revolver o poder e transformá-lo em algo positivo. 

4 comentários:

Sara C. disse...

Adoro o texto!
r: também tens a pele muito clara?

Sara C. disse...

Pois, a mim também me aparece herpes algumas vezes, não muitas, mas aparece. por acaso acho que está a começar a aparecer :c
e acerca do protetor, também me tento lembrar quando estou exposta ao sol.

Sara C. disse...

r: oh meu deus, deve ser horrível mesmo o:

Linda disse...

Adorei o que li!

Sigo*