16.11.13

Morremo-nos.


Diz-me onde foi que errámos. Ou errei. Diz-me onde coloquei estes diamantes que não nos deixam voltam atrás. 
Dá-me respostas para que eu encontre a verdadeira constelação, porque as estrelas que nos amavam parecem não 
nutrir já esse sentimento e eu necessito que arranjar uma solução. 
Necessito apenas disso, entendes? Poderei não te ter de volta, mas terei as estrelas. Poderei não te recordar, mas terei a minha memória de volta. 
Ao menos terei a minha débil vida de volta.
As cinco pontas de cada estrelas perderam-se no nosso ódio e o amor é demasiado fugaz para as deixar reconstituir de modo tão gélido.
Talvez tenham sido essas as nossas verdadeiras grades, talvez tenham sido elas que nos proibiram e nos cegaram para que não pudéssemos ver o brilho das estrelas. 
Estamos cegos. Estamos mudos. Lutámos em silêncio e mesmo assim não chegámos a um acordo. 
Morremo-nos. 

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